ESTUDO DO DESEMPENHO ESTRUTURAL DE VIGAS DE MADEIRA DANIFICADAS REFORÇADAS COM O USO DE MATERIAIS ALTERNATIVOS
Autores
Elisabeth Penner
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
Wellington Mazzer
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
Carmelita Lopes D'Ávila
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
Eli Gustavo Bill
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
Resumo
A madeira pode ser considerada um dos materiais de construção mais antigos devido, principalmente, à sua disponibilidade e sua facilidade de manuseio. Até o século XIX, as mais importantes obras de engenharia eram construídas com pedra ou madeira, combinando-se, frequentemente, os dois materiais. Devido ao surgimento de novos materiais, com tecnologias que permitiram a determinação mais precisa de propriedades físicas e mecânicas, a madeira foi perdendo mercado para o aço e o concreto. As limitações das estruturas de madeira quanto aos ataques de animais xilófagos, à ação do fogo e à influência da umidade, contribuíram para a sua substituição por materiais alternativos. A umidade tem influência significativa sobre a resistência da madeira, fato que se torna um risco às estruturas submetidas a intempéries, ocasionando, em muitos casos, a condenação de uma estrutura inteira, ou à limitação do seu uso. Porém, é possível melhorar as características físicas e mecânicas das estruturas, com reforços compostos por polímeros e fibras. Assim, esta pesquisa teve por objetivo a avaliação da eficácia dos métodos de reforço de estruturas de madeira, submetidas a um ambiente úmido, utilizando materiais alternativos. Os materiais escolhidos foram mantas fabricadas com fibras de vidro, com fibras de carbono e com fibras de sisal. A matriz polimérica utilizada foi a resina epóxi. Os elementos estruturais ensaiados consistiram em vigas de madeira úmidas, de tal forma que pudessem ser consideradas danificadas, reforçadas com as mantas fabricadas com cada uma das fibras já citadas e submetidas a um carregamento de flexão simples reta. Ao final, foi possível avaliar o ganho de rigidez e de capacidade de carga das vigas consideradas danificadas e reforçadas em relação àquelas sem reforço.