PENETRAÇÃO DE CLORETOS EM CONCRETOS COM CIMENTO POZOLÂNICO: APLICAÇÃO DOS MÉTODOS ASTM C1202 E NT BUILD 492.

Autores

  • Félix Krolow Sell Junior Universidade Federal do Rio Grande-FURG.
  • Gustavo Bosel Wally Universidade Federal do Rio Grande-FURG.
  • Matheus Lourenço Moraes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
  • Angelina Rubira De Mattos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
  • Fernando Ritiéli Teixeira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
  • Fábio Costa Magalhães Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

Resumo

Os íons cloreto representam uma ameaça à integridade das armaduras em estruturas de concreto armado, sendo de vital importância conhecer o comportamento do concreto frente a ação de íons cloreto, com o intuito de determinar a adequação desse concreto ao ambiente onde será utilizado, prever a vida útil e propor intervenções corretivas nas estruturas. Um dos fatores mais importantes para o desempenho das estruturas de concreto é sua durabilidade, estando a mesma diretamente relacionada com a qualidade do concreto empregado. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar a penetração de íons cloreto em traços de concreto. Para tanto, adotou-se três traços de concreto produzido com cimento CP IV-32, a partir da dosagem do IPT, sendo investigado o comportamento dos concretos frente à penetração de íons cloreto através do ensaio ASTM C1202 e NT Build 492. Como esperado, os resultados demonstraram um aumento da resistência à penetrabilidade e difusão de íons cloreto em concretos com menor relação água/cimento, nessa situação se tem naturalmente uma porosidade mais baixa do concreto. Ainda foi realizada uma comparação entre os ensaios da ASTM C1202 e NT Build 492, de modo a constatar as possíveis diferenças dos resultados obtidos nos dois métodos de ensaios acelerados de avaliação da penetração de íons cloreto.

Biografia do Autor

  • Félix Krolow Sell Junior, Universidade Federal do Rio Grande-FURG.
    Engenheiro Civil, metrando em Engenharia Oceânica, atuação na área de materiais de construção com ênfase em durabilidade do concoreto.
  • Gustavo Bosel Wally, Universidade Federal do Rio Grande-FURG.
    Mestrando em Engenharia Oceânica na Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e Engenheiro Civil pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel). Possui experiência na área de concretos de alto desempenho e compósitos cimentícios reforçados com fibras, assim como na área de orçamentação, licitação e acompanhamento de obras públicas.
  • Matheus Lourenço Moraes, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

    Bolsista de Iniciação Cientifica pelo Laboratório de Estruturas e Materiais de Construção Civil – LEMCC do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS, campus Rio Grande.

  • Angelina Rubira De Mattos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

    Bolsista de Iniciação Cientifica pelo Laboratório de Estruturas e Materiais de Construção Civil – LEMCC do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS, campus Rio Grande.

  • Fernando Ritiéli Teixeira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
    Engenheiro Civil, Laboratório de Estruturas e Materiais de Construção Civil – LEMCC do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS, campus Rio Grande.
  • Fábio Costa Magalhães, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

    Professor responsável pelo Laboratório de Estruturas e Materiais de Construção Civil – LEMCC do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – IFRS, campus Rio Grande.

Referências

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Publicado

2019-03-15